hipnoterapia

A hipnoterapia, também chamada de hipnose clínica, consiste na aplicação de técnicas hipnóticas como ferramentas terapêuticas. Dessa forma, a hipnoterapia é utilizada como auxílio para o tratamento de transtornos mentais e físicos, assim como para combater hábitos e sentimentos indesejáveis.

Vários desses problemas são causados por eventos do passado dos quais as pessoas, muitas vezes, nem lembram. O papel do hipnoterapeuta, portanto, é identificá-los e ajudar o paciente a confrontá-los, para que o transtorno possa ser tratado com eficácia e o indivíduo possa ter qualidade de vida.

A hipnoterapia é baseada em um conjunto de técnicas conduzidas pelo profissional de saúde especializado que visam ampliar a consciência do paciente por meio de concentração focada e relaxamento.

Os resultados obtidos, geralmente, são mais efetivos e rápidos que outros métodos convencionais. Isso porque a hipnose clínica alcança a mente subconsciente e trata o transtorno direto em sua origem.

O estado hipnótico ao qual chega o indivíduo durante as sessões faz com que ele consiga quebrar padrões limitadores, mudar crenças e, consequentemente, modificar seu comportamento.

MODELO DA MENTE

A hipnose é um estado alterado de consciência que possibilita o acesso ao subconsciente, no qual se encontram emoções, sentimentos, hábitos e memórias de longo prazo que as pessoas não podem controlar no nível consciente.

Por meio da hipnoterapia, é possível sugestionar ao subconsciente a criação de um novo padrão mental, possibilitando inúmeras reprogramações mentais, seja para largar um vício, emagrecer, diminuir o estresse e a ansiedade, tratar fobias e sintomas da síndrome do pânico e até diminuir dores resultantes de doenças como a fibromialgia.

Para entender como a hipnoterapia funciona, é preciso saber primeiro como a mente humana funciona. E para explicar o funcionamento da mente, o hipnotista norte americano Gerald Kein criou um sistema representacional chamado de Modelo da Mente.

Conforme esse sistema, a mente é dividida em três partes: inconsciente, consciente e subconsciente.

MENTE INCONSCIENTE

A mente inconsciente é instintiva e tem a função de regular a fisiologia para a manutenção da sobrevivência das pessoas.

Para tanto, ela controla o sistema nervoso autônomo e o sistema imunológico. Também é responsável pelas reações automáticas de defesa, como a descarga de adrenalina para reagir a ameaças.

MENTE CONSCIENTE

A mente consciente está relacionada à região do córtex pré-frontal, que rege os pensamentos e a consciência. Ela tem quatro estruturas de funcionamento.

Uma dessas estruturas é a memória funcional (de curto prazo), que tem espaço limitado e, por isso, armazena só aquilo que é mais importante e precisa ser lembrado sem esforço.

A outra é a analítica, responsável pela tomada de decisões, desde as coisas mais simples, como qual a roupa vestir, até as mais complexas, como a escolha da profissão. Faz isso acessando informações do passado e sempre opta por aquilo que é mais próximo ao já conhecido.

Por sua vez, a mente consciente racional tem como principal função criar justificativas, motivos e desculpas para determinadas ações, o que nem sempre é racional.

Já a força de vontade é um recurso que mantém as pessoas firmes em seus objetivos. Contudo, como é finita e quando mudanças estão ligadas a programações mentais muito profundas, não se sustenta por muito tempo. Por isso, é tão difícil se desvencilhar de velhos hábitos.

MENTE SUBCONSCIENTE

É na mente subconsciente que vive a pessoa real e toda sua essência (e também onde acontece a hipnose). Essa é a mente que sente e funciona como um computador que vem zerado, sem nenhum programa instalado, quando o indivíduo nasce.

Com o passar dos anos, no entanto, as experiências de vida se transformam em programações mentais que dirigem o comportamento de cada um. A razão pela qual nem sempre os seres humanos operam como gostariam está relacionada ao fato

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